27 junho 2013
jornalismo de pacotilha
O Teixeira dos Santos, ministro das Finanças de José Sócrates, foi à TVI ontem à noite, "quebrar o silêncio".
A corajosa Judite, referência do jornalismo de massas português, quis encostar o ex-ministro à parede e, que se saiba, ele nem a convidou para jantar.
Judite surpreendeu-nos com um trejeito estilístico no olhar. Transformou-o numa sonda penetrante e estava disposta a tudo para que Teixeira dos Santos nos desse a conhecer as intrigas da relação com Sócrates. Dizem que é óptimo fantasiar com grisalhos.
Teixeira dos Santos mostrou-se experiente na condução de entrevistas.
Conseguiu, mesmo com aquela mulher determinada a alcançar o oculto das questões importantes para o país, evitar perguntas sobre uma doença interna que se se lhe inscreveu na testa: BPN nacionalizado.
Que futuro esperar de um passado omisso?
23 junho 2013
perdoa-lhe, Estado, que ele não sabe o que fez
Gostaria que o senhor Oliveira e Costa apodrecesse mas não no esquecimento.
Este "palerma", que não sabia fazer nada se não trabalhar, que tanto queria fazer bem e fez tudo mal, encabeça a lista de responsáveis pela fraude BPN desbotada na memória colectiva.
Essa fraude corresponde aos milhões de euros que é suposto cortar na nossa despesa como nos exigem todos os dias. Uma despesa que é dívida contraída por viver acima das possibilidades conforme a banca as oferecia. Somem-se os juros sobre esse montante, os depositantes que não reouveram o seu dinheiro. Subtraiam-se para lá de 3.000.000.000 de euros de custos com a nacionalização em 2008, as responsabilidades futuras com os trabalhadores em vias de despedimento, privatização miserável por 40.000.000 de euros em 2012. Somos todos convocados ao prejuízo que um grupo de pessoas julga irrelevante. Afinal, errar é humano, n'est pas?
Apesar de identificada a sua responsabilidade, gozam de uma impunidade ímpar, para lá do Estado de Direito ou de qualquer padrão moral sobre o qual se queira construir futuro.
Se continuarmos a esquecer, vamos ter pelo menos mais 17 anos de purgatório na Terra pelos erros de Oliveira e Costa, Abdool Vakil - presidente interino da SLN, entre as gestões de Oliveira e Costa e Miguel Cadilhe, Alberto Figueiredo - presidente da SLN Valor, António Coutinho Rebelo - director do BPN Imofundos, Carlos Alexandre - juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal responsável por este processo, Carlos Santos - director do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal, Cavaco Silva - Presidente da República, Clara Machado - directora-adjunta do Banco de Portugal, Faria de Oliveira - presidente da CGD aquando da nacionalização do BPN, Francisco Bandeira - presidente da administração do BPN, sucedendo a Miguel Cadilhe, Miguel Cadilhe - presidente executivo e do conselho de administração da SLN e presidente do BPN (ano 2008), Manuel Meira Fernandes - administrador da SLN, Norberto Rosa - administrador da CGD e administrador nomeado do BPN aquando da nacionalização do banco, Pedro Cardoso - administrador da CGD e administrador nomeado do BPN aquando da nacionalização do banco, Rui Pedras - administrador do BPN, Teixeira dos Santos - ministro das Finanças do XVII Governo Constitucional, Vítor Constâncio - governador do Banco de Portugal, BPN - Banco Português de Negócios, BdP - Banco de Portugal, Banco Efisa - detido a 100% pelo BPN, Deloitte - empresa de auditoria, SLN - Sociedade Lusa de Negócios, Sociedade de gestão e exploração imobiliária Pousa Flores, CGD - Caixa Geral de Depósitos
É este o desfecho da História?
21 junho 2013
15 junho 2013
06 junho 2013
04 junho 2013
01 junho 2013
o parasita maior que o hospedeiro
A dívida em contratos SWAP dava para pagar quase século e meio de salários da Metro do Porto, tempo que nenhum de nós vai ver concluído.
Decorre um projecto abstracto da economia autofágica, sem tempo, sem caras, sem matéria, só operações, letras e contratos.
Trocaram a balança das prioridades e salivam com grandes números de dinheiro que nem existe. É só Gollums e anéis e milhares de frustrados que gostariam de facturar os mesmos milhões, afastando a moral clássica de que a miséria se define na proporção da riqueza - mais ou menos como na física, nada se perde, vai parar a outro lado.
Chegou ao fim qualquer consenso ou diálogo com os governos que fingiram ser Estado durante as três dezenas de anos que quase tem a minha vida. Por princípio, avalio as pessoas pela consequência das suas acções e evito gente reles.
A democracia educou todos quantos não se consideram acima dela. Os responsáveis administrativos da política ficaram de fora.
A sede é de justiça porque a fome foi de dinheiro.