01 junho 2013

o parasita maior que o hospedeiro

Imaginem pagar salários, com subsídios e tudo, desde o primeiro aniversário do Lenin até hoje, por exemplo.
A dívida em contratos SWAP dava para pagar quase século e meio de salários da Metro do Porto, tempo que nenhum de nós vai ver concluído.
Decorre um projecto abstracto da economia autofágica, sem tempo, sem caras, sem matéria, só operações, letras e contratos.
Trocaram a balança das prioridades e salivam com grandes números de dinheiro que nem existe. É só Gollums e anéis e milhares de frustrados que gostariam de facturar os mesmos milhões, afastando a moral clássica de que a miséria se define na proporção da riqueza - mais ou menos como na física, nada se perde, vai parar a outro lado.
Chegou ao fim qualquer consenso ou diálogo com os governos que fingiram ser Estado durante as três dezenas de anos que quase tem a minha vida. Por princípio, avalio as pessoas pela consequência das suas acções e evito gente reles.
A democracia educou todos quantos não se consideram acima dela. Os responsáveis administrativos da política ficaram de fora.
A sede é de justiça porque a fome foi de dinheiro.


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